quinta-feira, 15 de março de 2012

Em Castro Laboreiro continua a haver população transumante


Em Castro Laboreiro há quarenta pessoas que mudam de casa e de lugar conforme as estações do ano. O Verão é passado na montanha e o Inverno na casa da Branda. Uma tradição antiga que começa a ser baralhada também pela mudança do clima.


Vejam o vídeo aqui.


Maria Cerqueira e António Ribeiro, RTP, 10 Março de 2012.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Melgaço vai ter Observatório Turístico

Melgaço vai ter Observatório Turístico

O Observatório Turístico de Melgaço, um projecto piloto desenvolvido pelo Município de Melgaço e pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, será apresentado no próximo dia 6 de Dezembro, numa sessão pública a decorrer, pelas 15h00, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho.

Centrado no apoio ao desenvolvimento do turismo local de forma sustentável, o Observatório facilita o conhecimento sobre o perfil dos visitantes e a obtenção de indicadores de quantidade e qualidade da procura e da oferta, facilitando não só o planeamento e a gestão, pública e privada, da actividade, como o estabelecimento de grandes linhas orientadores para a política turística do concelho.

PROGRAMA

15h00 - ABERTURA

António Rui Esteves Solheiro - Presidente da Câmara Municipal de Melgaço

Rui Teixeira - Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC)

15h30

Importância do conhecimento na gestão do negócio do turismo

Carlos Fernandes - Professor Adjunto do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, IPVC

15h45

Apresentação do Projecto

Isabel Domingues - Chefe de Divisão da Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Melgaço

16h10

Constituição de quatro grupos de trabalho:

Restauração, alojamento, empresas de animação e serviços.


in Vai Passear, 02-12-2011.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Melgaço: Câmara mantém incentivos à natalidade em 2012 para combater regressão demográfica

A Câmara de Melgaço vai manter, em 2012, os incentivos à natalidade que já tem vindo a atribuir nos últimos três anos, para combater a regressão demográfica do concelho e ajudar as famílias em tempo de crise.

O presidente da Câmara, Rui Solheiro, disse hoje à Lusa que “a decisão política” de manter aquele incentivo e outros apoios sociais e fiscais “está tomada” e que “só uma grande surpresa saída do próximo Orçamento do Estado, com uma redução drástica das verbas para as autarquias, é que poderá obrigar o Executivo a voltar atrás”.

Quinhentos euros é o valor do subsídio que, desde 2009, a autarquia atribui pelo nascimento ou adoção do primeiro e do segundo filhos.

A partir do terceiro filho, o subsídio ascende a mil euros.

Um estudo recente refere que Melgaço foi um dos municípios onde o aumento da natalidade foi maior nos últimos anos, mas temos a consciência de que partimos de uma base muito baixa”, referiu Solheiro.

Em 2010, nasceram cerca de 60 bebés no concelho.

Há 50 anos, o concelho de Melgaço tinha 18 mil habitantes, enquanto hoje, de acordo com os mais recentes Censos, se fica pelos 9360.

Para inverter esta tendência, a Câmara aprovou o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Solidário, que, além do incentivo à natalidade, inclui várias outras medidas, como o reembolso do montante despendido com a mensalidade da creche aos agregados familiares residentes no concelho e que forem incluídos no primeiro escalão da tabela de mensalidades praticada pela instituição.

Daquele plano, e como forma de tentar fixar os casais jovens, consta ainda a isenção de taxas de edificação para as pessoas até aos 35 anos, devidas pela construção ou reabilitação da primeira habitação própria, até aos 250 metros quadrados de área de construção.

As famílias numerosas, com cinco ou mais pessoas, beneficiam ainda de uma redução da tarifa da água e do saneamento.

A redução do imposto municipal sobre imóveis e do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (antiga sia) e a fixação em zero por cento da derrama sobre o lucro tributável das empresas sujeito e não isento de IRC são outras medidas que constam naquele plano, para 'chamar mais gente e investimento' para o concelho.

Nesta mesma linha, a Câmara de Melgaço abdica da totalidade dos cinco por cento a que os municípios têm direito, em cada ano, do IRS dos sujeitos passivos com domicílio fiscal no concelho.

Para 2012, já tomámos a decisão política de manter todas estas medidas, que se afiguram particularmente importantes numa altura de crise e de grandes dificuldades para as famílias”, sublinhou Rui Solheiro.


in Correio do Minho, 07-10-2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ir de férias é sempre possível. Nem que seja com a casa às costas

Há quem adore e não conceba umas férias sem uma boa dose de natureza, acordar com o sol a bater na tenda, logo pela aurora... e com a voz dos vizinhos campistas a pairar nos ouvidos, sem falar nos duches com água quente cronometrada. Isto, que para uns pode parecer um verdadeiro pesadelo, para outros é uma necessidade! E quem julga que nunca se meteria nestes assados, é melhor não dizer "nunca". Pode parecer cliché, mas há adeptos do campismo a afirmar que "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Afinal, na maioria dos parques encontra-se de tudo, desde restaurantes e supermercados a várias actividades recreativas. Tudo isto num só espaço, o que facilita o seu acesso. Onde mais se conseguiria fazer tiro, BTT, jogar ténis e fazer uma hidromassagem, num curto espaço de tempo, senão num parque de campismo? Uns com mais serviços que outros, claro, mas a tendência é melhorarem as suas condições, encontrando soluções para agradar aos clientes. Por exemplo, nos Parques de Campismo do Guincho e de Viana do Castelo, para além das tendas e bungalows - uma casa em madeira, com kitchnette e casa-de-banho incluídas -, já existem opções intermédias, como os bengalis e os mobile-camps. Os primeiros são tendas em lona com camas de campanha, uma mesa e cadeiras. Já têm electricidade e frigorífico. Os mobile-camps proporcionam o mesmo conforto que os bungallows, com a diferença de não terem kitchnette nem sanitários.

Já na costa alentejana, desde há dois anos que o camping Zmar marca pela diferença - com um conceito de bem-estar familiar original. O parque de diversões infantil foi concebido com todos os brinquedos conectados formando um circuito, para que pais e filhos possam estar juntos em constante descoberta. Para além disso, tem um mundo lá dentro, onde é possível usufruir das mais variadas actividades que estimulam a adrenalina, como os matraquilhos humanos, ou que ajudam a relaxar, como as massagens e o banho turco.

O Camping Land´s Hause Bungalows, situado em pleno pulmão do Pinhal de Leiria, desde que foi construído (há sete anos) que tem tido um público maioritariamente estrangeiro, mas o objectivo é chamar cada vez mais portugueses. Por isso, oferece um leque de serviços abrangente: excursões, festas, campos e colónias de férias, e aluguer viaturas.

Se o fito for um banho de natureza, o Parque de Campismo Lamas de Mouro, ao lado de Castro Laboreiro, é perfeito. As piscinas naturais do Parque Natural Peneda-Gerês são revitalizantes. Quem já lá esteve diz que o camping está sempre fresco, independentemente do calor que estiver, porque tem árvores altas espalhadas por todos os recanto. Diz também que o chão é muito confortável para dormir...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ruínas do Castelo de Castro Laboreiro


Na grande mancha verdejante do Alto Minho surge, abruptamente, um elevado maciço rochoso abrigando a povoação de Castro Laboreiro - nas palavras de Miguel Torga, cenário de "um mundo de primária beleza, de inviolada intimidade".

Com efeito, a uma altitude de aproximadamente 1033 metros aparecem, severas e impressionantes, as ruínas do desmantelado castelo de Castro Laboreiro, vigiando silenciosamente o vale do Rio Laboreiro.

Antiga sede de concelho na Idade Média, Castro Laboreiro conserva ainda vestígios materiais do seu roqueiro castelo medievo. As origens desta localidade minhota remontam à proto-história, como o confirmam as ruínas de mais de duzentas habitações de um antigo castro.

O castelo foi fundado no ano de 955, por iniciativa de S. Rosendo, "Governador del Val del Limia" nomeado pelo rei de Leão, D. Ordonho III. O primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, conquistou este castelo aos leoneses em 1140, mandando-o reparar cinco anos mais tarde, já que este se situava estrategicamente implantado para vigiar a fronteira galega. Alguns anos depois, esta primeira edificação militar românica foi severamente danificada por um temporal. A sua reconstrução deveu-se, com toda a probabilidade, à ação de D. Dinis, que o restaurou e fortaleceu.

Ao longo da História nacional, o Castelo de Castro Laboreiro registou episódios de relevo, sendo chamado à defesa do reino após a Restauração de 1640. No ano de 1715, este castelo ficou sem guarnição, entrando num processo de inevitável declínio e consequente degradação da sua estrutura defensiva. Restaurada no século XX pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), esta fortaleza medieval está classificada como Monumento Nacional.

Atualmente, da sua volumetria medieval subsistem alguns panos de muralha aparelhados e um portal de arco de volta perfeita - a Porta de D. Sago, denominada pelos seus habitantes por Porta do Sapo. Levantadas do chão, as muralhas do castelo parecem ter criado profundas raízes com o granito da rocha em que solidamente se apoiam.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aldeias de Portugal tem novo site

As Aldeias de Portugal, “um conceito novo” de alojamento em Portugal que "leva à descoberta das origens do mundo rural", tem um novo site na internet onde apresenta as sete aldeias que compõem a oferta da rede.

Branda da Aveleira, Castro Laboreiro, Cabração, Lindoso, Germil, Soajo e Sistelo são as aldeias que compõem a rede, às quais se juntam 38 casas recuperadas, o que totaliza mais de 70 unidades de Turismo em Espaço Rural (TER).

As aldeias de Portugal “pretendem proporcionar a quem as visita a descoberta de uma forma de Turismo diferente – o Turismo no espaço rural, convidando-o para uma estadia de total independência, numa casa rural, em plena natureza”, informa o site da rede.

Além das aldeias, a sua localização e oferta, o site permite também pedir reservas e apresenta informação sobre a Associação de Turismo de Aldeia.

Presstur, 26-07-2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Cães de raça Castro Laboreiro encontraram-se na Expolima






Cerca de dezena e meia de cães da raça Castro Laboreiro, vindos de vários pontos do Norte do país, participaram ontem em Ponte de Lima numa exposição canina monográfica. Sempre seguros de perto por trelas curtas pelos donos, os cães eram motivo de visível atracção para os visitantes que passavam na Expolima. Eram frequentes as famílias que perguntavam se as crianças podiam fazer carícias aos animais. Machos e fêmeas, mais ou menos corpulentos, deixavam-se acariciar, dóceis.

Quando morde não rasga

É uma raça portuguesa, um cão seguro. Dentro da propriedade morde quem entrar sem autorização mas mesmo quando morde não rasga: morde só para segurar”, justifica Eva Silva, uma criadora do Porto, proprietária de oito animais. “Não quero outra raça”, acrescenta.

Outro criador, José Matos, vindo de Vila Real, é dono de um macho com vinte e seis meses e uma fêmea com vinte e três. Lembra ter comprado um em Valença que teve de mandar para abate porque tinha partido sem cura uma pata. Desde então, só quer cães da raça Castro Laboreiro.

São muito dóceis e amigos dos donos”, adianta, avisando no entanto que o macho “não suporta” quando vê um cão aproximar-se da fêmea. De alimentação, é só ração e duas vezes por ano um osso da perna de vitela “para lavar os dentes”.

O certame, organizado pela Associação de Criadores de Castro Laboreiro, decorreu no âmbito da Feira de Caça, Pesca e Lazer de Ponte de Lima, na Expolima, que incluiu ainda o 1.º Concurso Canino de Beleza, organizado pelo Comissário do Clube Português de Canicultura.

Durante os certames dirigidos a caninos, a Expolima manteve animações para crianças e actividades como baptismo de mergulho num aquário móvel com peixes. Anda ontem em Ponte de Lima teve lugar uma apresentação, na Avenida dos Plátanos de socos limianos.

Rui Serapicos, Correio do Minho, 25-07-2011